sábado, 11 de julho de 2009

"Quando o sono não vem"

Folheio um bom livro
foi demais assistir tudo que era possível na tv
a garrafa de café secou e já bebi meio litro de suco
não consigo entrar na história, folheio mais e mais
penso no drama da personagem
algo terrível parecido com o meu
no jornal de ontem ficou um caderno inteiro
sem ser lido, pudera era o esporte, mas li
não consigo raciocinar direito,
tiro o carro da garagem ainda é escuro
saio vagando pelas ruas vazias na madrugada
gelada de meio de ano, os cachorros latem sem parar
ganho a avenida principal do bairro
não é de bom tom uma moça parar o carro aquela hora
naquele ambiente, tido como risca faca,
sento-me no banquinho já gasto, peço um caldo de feijão
uma cerveja sem alcool, saboreio o tempero tão conhecido
de Péricles, o cozinheiro gay que divide o aluguel comigo
aliás se não fosse por ele talvez eu nunca me arriscaria
nestas noites cada vez mais perigosas.

Um comentário:

  1. Quando o poeta começa a captar a aura das coisas
    e saca que a beleza está em tudo ai temos que nos render às poesias que nos tocam fundo nos recônditos da alma.

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